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Capítulo 2: A volta a estrada

Parte 2: Consequências

Depois do almoço Davi perguntou para Alice - Amor, você não acha que já da para retirar os pontos do meu ombro?

- Tem certeza Ursinho? Não passou nem 7 dias direito, com o estrago do seu ombro precisaríamos de pelo menos 10 dias.

- 10 para alguém que tomou o remédio - Davi começou a retirar o curativo.

Alice viu Davi começar a tirar o curativo de forma abrutalhada, então o parou e calmamente começou a desfazer o curativo. Depois de retirá-lo viu o seu ombro quase completamente fechado, não saia mais aquele sangue avermelhado, mas sabia que Davi não voltou a tomar o remédio da forma correta e temia que ele não iria voltar a tomá-lo.

Retirou os pontos que ainda tinha em seu ombro e disse - É, seu ombro está quase novo em folha.

Davi ficou mexendo o ombro que estava a muito tempo parado por conta do tratamento - Como é bom movimentar ele tão livremente.

- Fico feliz que esteja melhorando Ursinho. Estava pensando que a gente poderia treinar um pouco tiro ao alvo já que aqui não precisamos nos preocupar com os infectados.

- Acho uma boa Amor, mas preciso ficar perto do rádio para ver se vão falar sobre alguma farmácia.

- Não dá para você deixar o rádio ali fora e checar ele vez ou outra enquanto a gente pratica?

- Você sabe que eu me empolgo nessas coisas Amor e faz tempo que eles não dão nenhum sinal, então logo logo eles devem se comunicar novamente.

- Ok Amor, melhor esperar.

Depois de algum tempo Davi finalmente recebe um sinal.

- Impuros, na escuta?

Não houve resposta.

- Impuros?

Uns 5 minutos se passaram de completo silêncio.

- Impuros, estão aí?

- Estamos aqui, o que foi?

- Não dá para responder na hora não?

- Não, não dá. Não temos tantas pessoas quanto aí. Não dá para deixar uma pessoa do lado do rádio só para ficar esperando vocês se comunicarem.

- Então tenho uma boa notícia para vocês. Vamos ter que despachar mais uma pessoa daqui.

- Não é nenhum criminoso não, né?

- Não, infectado. Um homem de 30 anos e sua filha de 12.

- Como que vocês deixaram uma garotinha se infectar?

- Ela não se infectou. Ele foi pra fora do muro e foi infectado, mas não quer sair da cidade sem ela.

- Tá, vamos enviar um grupo para ir pegar eles. Em 2 dias chegamos aí.

- Como assim 2 dias? Em 1 vocês já eram para estar aqui.

- O carro está em uma patrulha procurando por suprimentos. Estamos com baixa em comida e medicamentos.

- Não acabamos de enviar uma localização de suprimentos?

- Sim e já está acabando. Tem muitas pessoas que precisam de cuidados aqui.

Houve um breve silêncio.

- Puros? Estão ai? Que merda.

O rádio foi preenchido por estática.

Alice foi até Davi e perguntou - Tudo bem Ursinho? Por que essa cara?

- Tudo bem, daqui a pouco vamos saber onde tem uma farmácia.

- Então está tudo bem né?

- Está, daqui a pouco vamos saber onde tem uma farmácia.

Alice estava preocupada com Davi, mas não sabia o que fazer. Sem saber o que Davi escutou no rádio não saberia nem por onde começar. Então Alice sugeriu - Que tal aquele treino de tiro ao alvo?

- Pode ser uma boa - Davi pegou algumas garrafas vazias que encontrou na cabana e foi para o lado de fora, colocou elas longe da casa. Depois foi em direção ao porta-malas do carro, de onde tirou uma caixa de munição e um rifle de precisão de disparo único que não havia nenhuma mira de longo alcance.

Alice pegou o rifle e o carregou, apontou para um das garrafas e disparou, sentindo o coice da arma.

- Acertou Amor, boa mira.

- Ainda estou praticando Ursinho.

- Deixa eu tentar um pouco?

- Ursinho, tem certeza que quer tentar atirar com isso? Acho que o coice dela é muito forte para o seu ombro.

- Tenho - Davi esticou a mão para pegar o rifle.

Ele pegou o rifle, o recarregou e disparou. Era impossível não ver o coice que o seu ombro machucado levou da arma ao disparar.

- Tá tudo bem Ursinho?

Davi recarregou e disparou, errando novamente.

- Calma, você vai machucar o seu ombro.

Ele fez mais um disparo sem nenhum êxito.

- Davi?

- Eu não sirvo para essa arma.

Davi retirou a pistola do coldre, mirou e no primeiro disparo acertou a garrafa. O coice da pistola foi transmitido para o seu braço, sentindo que se continuasse a forçá-lo, seu osso iria quebrar como um palito de dente.

Davi, ao disparar a pistola, finalmente acertou o alvo. O coice da arma foi completamente absorvido pelo seu braço quebrado, mas parecia que nada havia acontecido. Era como se seu braço nunca tivesse quebrado para inicio de conversa.

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